Todos os especialistas, antropólogos, jornalistas criminais, profissionais da área de segurança, enfim a sociedade liga o aumento da criminalidade ao consumo de drogas. Usuários furtam e roubam qualquer coisa de qualquer pessoa para saciar o vicio da droga. Mas ate que ponto isso posso ser interligado? Uma pergunta um tanto curiosa para não dizer estranha, que eu mesmo comecei a perguntar-me há uns meses.
Um amigo de infância foi para esse lado escuro. Apesar de ter tudo que a família podia proporcionar-lhe, inclusive amor, carinho e criação digna, ele cedeu ao encanto miraginoso das drogas. Velha história, um baseado para fazer parte de galera, depois um pó para ficar alegre ate que chegou ao mais alto pico da pedreira.
Desde sua entrada nesse submundo, eu em varias conversas francas que tínhamos, eu reparei uma coisa fora da normalidade. Ele nunca roubara para sustentara o vicio. Perdeu vários empregos, inclusive dois de cunho público. Mas sempre fazia seu corre sem prejudicar alguém se quer.
Por muito tempo achei que fazia jus a frase: toda regra tem sua exceção. Com o passar dos meses, e devido ao meu local de trabalho comecei a ter contato com vários tipos de usuários, meliantes, enfim a “sujeira da sociedade”. Inevitável não conversar sobre vários tipos de assuntos, inclusive sobre a assinatura dos artigos assinados por eles.
Esse contato, aliado à curiosidade comecei a anotar alguns aspetos sobre isso. E um dos dados que formulei em gráfico foi que, a cada dez usuários, dois fazem corre para sustentar o vicio. A faixa de idade desse tipo de usuário autossustentado e de 25 a 45 anos.
Agora começo a questionar que, será que os usuários que roubam e depois usam o vicio como desculpa e vice versa, realmente são “doentes” ou são geneticamente malandros demais para trabalhar, mesmo que não fossem usuários?
Mesmo que não se utilizasse das drogas, será que cometeriam os mesmos crimes? Teriam a disposição de qualquer cidadão para labutar dia a dia, sol a sol?
Ainda terei de estudar muito, e pensar mais ainda, pois o bryanstorm sobre esse assunto é violento porque sempre terá uma nova questão polemica, um sociólogo radical, um antropólogo liberal e tudo fora de sintonia, mas com uma única coisa em comum: manter os jovens, principalmente os mais vulneráveis longe das drogas e do crime.
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